terça-feira, 2 de março de 2010

Em tempo de chuva e frio







No dia anterior, o serviço meteorológico indicara mau tempo, ventos fortes e chuva intensa a partir da meia-noite. Porém, aqui por terras de Sicó, mais propriamente por Almártega, a intempérie foi mais intensa no dia de sábado.
O vento soprava forte logo de manhã e eu mantive-me na cama mais umas horas, depois de uma semana de intenso trabalho. Por volta das catorze, a luz foi-se embora. Aproximava-se a noite, e eu tive que abastecer a casa com água do tanque.
Os filhotes rodavam as torneiras e carregavam nos interruptores esquecendo-se da falta de corrente. Uma chapa de zinco solta de um qualquer barracão, voando com a força do vento, cortara um cabo eléctrico. O velho petromax, que há muito não funcionava, ainda estava operacional e o jarrican ainda continha petróleo suficiente para alumiar a casa durante a noite. A lareira acesa, chicharro (carapau) grelhado com batatas, grelos e cenoura do quintal, foram a nossa ceia.
A Jo aproveitou a luz do petromax para continuar o seu trabalho de design enquanto o Ti se deslocou à cidade para mais um jogo de Futsal.
Liguei o velho rádio a pilhas num canal de musica clássica, ao som da qual, comecei a escrever estes gatafunhos, achando tudo isto muito romântico. Instantes depois a Jo pediu que mudasse de posto porque já estava farta da música e da ópera.
Será que todos os jovens são assim? Não gostam da música que foi feita com todo o cuidado?