Manejar o martelo e o formão aprendera, mas de todo desconhecia a sua grande missão.
Não sabia que uma tábua valia mais do que um pão. De facto como podia, se era um carpinteiro em construção!
Aqui uma casa emadeirava, com tábuas e com suor, acolá um barracão. Assim não fosse ele comer serradura crua à mão. Sem os desperdícios da grosa e da pua teria crescido em vão. Assim, bem exerceu um dia essa bela profissão.
Miniaturas de charretes, carros de bois e alfaias, feitos de bocados de tábua crua. Manufacturados com os utensílios guardados na antiga mala sua.
Um actor de televisão ofereceu-lhe muito dinheiro pela colecção. Mas ele logo disse :
- Não!
Não, porque cada filho herdará um dia uma charrete, e um carro de bois. Para que não esqueçam, pois, as suas mãos de trabalho e carinho que souberam ganhar o pão.
A Deus muito agradece, não fora em tempos sacristão, por todos os anos vividos em constante evolução.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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3 comentários:
Lindo, lindo, lindo!...
E mais não digo...
Bjinhos
Não sei se isto é prosa ou poesia. O que sei é que, é extremamente belo.
Ora então, parabéns pelos 27 aninhos! Muito bem!
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