No dia anterior, o serviço meteorológico indicara mau tempo, ventos fortes e chuva intensa a partir da meia-noite. Porém, aqui por terras de Sicó, mais propriamente por Almártega, a intempérie foi mais intensa no dia de sábado.
O vento soprava forte logo de manhã e eu mantive-me na cama mais umas horas, depois de uma semana de intenso trabalho. Por volta das catorze, a luz foi-se embora. Aproximava-se a noite, e eu tive que abastecer a casa com água do tanque.
Os filhotes rodavam as torneiras e carregavam nos interruptores esquecendo-se da falta de corrente. Uma chapa de zinco solta de um qualquer barracão, voando com a força do vento, cortara um cabo eléctrico. O velho petromax, que há muito não funcionava, ainda estava operacional e o jarrican ainda continha petróleo suficiente para alumiar a casa durante a noite. A lareira acesa, chicharro (carapau) grelhado com batatas, grelos e cenoura do quintal, foram a nossa ceia.
A Jo aproveitou a luz do petromax para continuar o seu trabalho de design enquanto o Ti se deslocou à cidade para mais um jogo de Futsal.
Liguei o velho rádio a pilhas num canal de musica clássica, ao som da qual, comecei a escrever estes gatafunhos, achando tudo isto muito romântico. Instantes depois a Jo pediu que mudasse de posto porque já estava farta da música e da ópera.
Será que todos os jovens são assim? Não gostam da música que foi feita com todo o cuidado?
O vento soprava forte logo de manhã e eu mantive-me na cama mais umas horas, depois de uma semana de intenso trabalho. Por volta das catorze, a luz foi-se embora. Aproximava-se a noite, e eu tive que abastecer a casa com água do tanque.
Os filhotes rodavam as torneiras e carregavam nos interruptores esquecendo-se da falta de corrente. Uma chapa de zinco solta de um qualquer barracão, voando com a força do vento, cortara um cabo eléctrico. O velho petromax, que há muito não funcionava, ainda estava operacional e o jarrican ainda continha petróleo suficiente para alumiar a casa durante a noite. A lareira acesa, chicharro (carapau) grelhado com batatas, grelos e cenoura do quintal, foram a nossa ceia.
A Jo aproveitou a luz do petromax para continuar o seu trabalho de design enquanto o Ti se deslocou à cidade para mais um jogo de Futsal.
Liguei o velho rádio a pilhas num canal de musica clássica, ao som da qual, comecei a escrever estes gatafunhos, achando tudo isto muito romântico. Instantes depois a Jo pediu que mudasse de posto porque já estava farta da música e da ópera.
Será que todos os jovens são assim? Não gostam da música que foi feita com todo o cuidado?
13 comentários:
Penso que nem todos os jovens são assim mas sempre ouvi dizer que gostos não se discutem.
Quanto ao tempo, amigo, já satura tanta chuva, tanto vento, tanta derrocada...
Enfim, a catástrofe instalou-se mas espero que não dure muito mais. Que Deus nos proteja!
Bem-hajas!
Beijinhos
Salvo raríssimas ocasiões, a música clássica não despenteia.
E o pessoal jovem gosta de andar despenteado, daí os gostos mais ...
Almártega?
Parece que já ouvi falar, por aqui, numa jeropiga daí.
Será que ainda não se evaporou?
É que depois de uns chicharros grelhados (com molho verde, pois claro, muita cebola e salsa), com batata e grelos, (dispenso a cenoura que não se coadunam para o m/gosto com alguns ingredientes, como bacalhau, peixe cozido, etc., cai sempre bem uma jeropiga, já que não há castanhas.
Não é que não goste de cenouras (até as como cruas), mas há casamentos que não gosto de ir.
Veja se arranja "camisas" para o petromax, já que está tudo a ser substituído e podem falhar.
O pior, pior, é obrigarem-nos a mandar electrificar o dito cujo.
Um bom fim de semana.
Que giro, este post.
E a pergunta final está demais!
Um beijo.
Jora To Tone
A intempérie, que se tem feito sentir por toda a parte, é mais sentida zonas mais rurais. Do caso, descrevendo as insidências, escreste uma boa crónica, onde o bucolismo sobressai.
Abraço
Daniel
Meu caro , para apreciar música ( ou outra coisa qualquer) feita sem ser às corridas é necessário uma coisa que a juventude, geralmente, não tem: serenidade!
Boa semana.
Gatafunhos ou não o teu post está delicioso. Quanto à música clássica pois...Sendo clássica não se coaduna com "moderno", e enquanto alguns (eu incluída) se deliciam com música (com sentido, graça, bem feita e melodiosa) outros deliciam-se com barulho e desconcerto...Gostos não se discutem...
Tirando o vendaval e o péssimo tempo que está instalado (será que desarma?) e os estragos todos que já fez, voltar aos "tempos de meninos" em que a electricidade era tantas vezes um luxo, e água canalizada ainda mais, é nostálgico, mas sabe bem. Parar um pouco e saborear o passado.
Beijo grande
Como eu gosto destes dias...em só me apetece andar enroscada como os gatos e não pôr pé na rua.
Mara
Depois do apagão, da falta de água na torneira, do jantar à luz... não de velas, mas da lareira e do candeeiro a petróleo, a lembrar o antigamente (mágico!)...
no dia seguinte, o sorriso do sol! Depois da tempestade a bonança...
BjinhO
Os tempos mudam e as crianças também para eles ficamos cotas e as musicas ficam no mesmo saco ehehe, que fazer, nada, é a evolução dos tempos
beijitos
deixo um beijito de bom fim de semana
Passei trazida pelas saudades. Reli o post e ,agora que a Primavera está de volta, aguardo uma nova mensagem.
Bem-hajas!
Beijinhos
Caro amigo, que a tua Páscoa seja rica em doces amêndoas em companhia dos teus.
O meu abraço fraterno.
Meu amigo, então? O tempo de sol e flores já aí está!
Que continue o doce das amêndoas!
Beijinho
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