domingo, 30 de dezembro de 2007

Velhice assim?!...Tudo bem!...

…. Regozijam-se por serem o casal mais velho das redondezas.
Têm sempre um fragmento de história da vida para contar.
São um casal feliz: o ti Joaquim de 94 e a ti Maria de 90, sendo esta ainda muito activa para a sua idade. Diz que ainda gosta de passar parte do tempo com a enxada na mão, semeia tudo como qualquer um agricultor para a sua subsistência,: batatas, couves os alfobres , cebolas, tudo…. diz que é para fazer massagens ao corpo. Levanta-se cedo todos os dias para dar de comer à criação, gosta de arremedar sempre o galo e as galinhas. As poucas queixas se ouvem esporadicamente são "Doem-me tanto os meus rinzes hoje", ou então quando por vezes não se entende com algum familiar, remata logo com esta”Deus queira que cheguem à minha idade e que façam o que eu faço"! Mas não!... Hoje em dia só andam encharcados em remédio, só comem diogutes e pudins... …está bom é pás farmácias!
Coze a broa todas as semanas e oferece uma a cada filho.
Na praia comporta-se como uma autêntica criança: gosta de vestir o seu fato de banho, e mergulhar a cabeça nas ondas pequenas. Canta, grita, ri, põe toda a gente a olhar para ela. Praia não é só no Verão, porque em pleno Inverno, com um belo dia de sol, não pára de dizer: - Que rico banho eu ia tomar à praia!... eh eh eh.. mas não tenho ninguém que me lá leve!
…Nas festas ou romarias, eram sempre os dois que abriam o baile. Hoje porém como o ti Joaquim não pode por causa das dores dos pés, ela agarra-se ao que estiver mais perto para o pé de dança, ficando os presentes boquiabertos….

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Fumar faz mal... Mais se for Barba de Milho

Certo dia de manhã, apanhado o milho, estando a palha já em médoas, acordei de um sonho em que estava a fumar mata-ratos (nome que os adultos davam ao cigarrito que fumavam).
Tive vontade de passar do sonho à realidade. Desci da cama em pijama fui à médoa de palha que ficava no meu quintal, puxei de umas barbas de milho das mais secas trouxe-as para a cama e com um pouco de papel pardo fiz um cigarro.
Acendi-o, fiz umas fumaças e depois atirei a pirisca para debaixo da cama.
Vesti-me com as minhas calças de agrim, fui ter com a minha mãe que já estava na loja- taberna do outro lado da estrada a aviar os mata-bichos aos habituais diários.
Começou-lhe a cheirar ao chamusco, e diz-me:
- Joãozito vai a casa ver se está por lá alguma coisa a arder!
Fui num instante e vi que no borralho nada estava a arder, estava o lume apagado, disse-lhe! Não acreditou. O cheiro continuava mais intenso. Foi verificar e quando chegou e viu o meu pequeno quarto cheio de fumo, foi buscar o cântaro da água e atirou-a para debaixo da cama apagando o que estava a arder (a calar).
Momento inquietante.
Quando o meu pai chegou do trabalho, o castigo que me deu foi este: atar-me um arame à cintura e preso à barra da cama de ferro.
Eu chorava…chorava, porque não sabia o tempo que estaria naquele estado. A minha mãe passadas algumas horas, veio desprender-me da cintura ficando ainda na cama muito caladinho com o arame debaixo das mantas e eu ia pensando o que poderia ter acontecido à minha rica casinha caso a minha mãe não estivesse por perto.
Fui fumador a partir dos dezassete anos, mais ou menos, até ao nascimento do meu primeiro filho. Fumava apenas três ou quatro cigarros por dia, mas sentia-me mal com eles.
E porque o tabaco faz mal, deixo aqui uma ideia para os fumadores neste Ano Novo.
Substituírem os cigarros diários por um bom copo de vinho tinto….Mas só às refeições!!!
Bom Ano para todos!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Natal!... Na província neva

Natal!...Na província neva
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
`Stou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Visto de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Pessoa 14-3-1928

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

PÓ D´ARROZ

…Acompanhávamos atentos todos os momentos que os adultos faziam ao trabalhar no arroz.
Desde o fazer as carradas nos carros de bois, o transporte e a descarga nas grandes eiras em dias de soalheiro.
O arroz era debulhado com os próprios animais, que andando em circulo horas a fio pisavam até que o grão se desprendia totalmente da planta, descansando apenas na altura de virar o calcadoiro.
Faziam grandes médoas de palha, nas quais nos escondíamos quando brincávamos ao esconde-esconde. Problemas surgiam passados alguns minutos, uma intensa comichão provocada pela palha, a que chamávamos (Pó d´ Arroz). Muito nos ríamos quando as cachopas se coçavam……

Após a retirada do arroz do campo, já podíamos ir ao peixe nas valas, pois já não calcávamos o arroz, não fazíamos estragos. Com a ajuda de uns peceiros, junto às marachas, sempre conseguíamos apanhar uns robacos ou mesmo umas camaritas, com os quais misturados com uns ovos que as nossa mães nos davam, fazíamos um excelente petisco para a merenda.
Foram tempos felizes .
Nos dias mais quentes de verão, essas mesmas valas serviam de piscina para nos refrescarmos. Caminhando ao longo da vala com os pés no lodo, com um pouco de sorte podíamos encontrar um tipo de bivalve de tamanho grande, acreditem, que podia pesar até meio quilo, que nós oferecíamos aos adultos, porque só eles os sabiam cozinhar. Ficavam muito agradecidos, e pena é que essa espécie hoje não exista.
Fora da época do defeso poder-se-á ver nesses locais alguns pescadores à cana, que nas águas turvas poluídas pela monda química, lá conseguem apanhar alguns peixes, carpas e na maioria os indesejados lagostins, praga que invadiu nos últimos anos os arrozais. Penso que se trata apenas de um desporto, e que o pescado, não será nada mais, nada menos para dar ao gato…

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Personalidade do Aquário: " Vive e deixa viver"

Elemento: Ar, Fixo
Planeta Regente: Urano
Princípio: Activo
Parte do corpo: Tornozelos
Estação do ano: Meio do Inverno no hemisfério norte
Incenso: Flores do campo
Pedras: Água -Marinha
Dia: Sábado
Metal: Chumbo
Cor:Azul

Os Aquarianos não são da Terra, são de outro planeta ou qualquer coisa. Não são como nós, são estranhos, e eles gostam assim. Sabem como a Lua afecta o estado psicológico dos animais e conseguem prever descobertas científicas futuras. Sabem conversar com os animais e com as estrelas, sabem coisas que nós humanos não sabemos, acreditem. As pessoas pensam que os Aquarianos são esquisitos, mas isso é devido ao facto de os génios serem injustamente acusados de serem malucos. Não se preocupam com o que possamos pensar e não perdem tempo a descobrir. Pensam que é extremamente inventivo fazerem uma casa acolhedora a partir de uma caixa de cartão. Pagam-nos um café e explicam-nos como aproveitar a energia do esgoto para gerar calor. Deixam-nos sentir bem vindos e estranhos. São o signo do amor fraterno

AMIZADE

Os Aquarianos adoram conhecer novas pessoas. Podem aprender algo e passar a outras teorias. Encontram algo de bom em qualquer pessoa. Têm muitos amigos e poucos inimigos. Os seus amigos mais íntimos costumam ser radicais ou boémios, como eles próprios. Não fiquem ofendidos se eles não se lembrarem do seu nome. Com todas as coisas que têm na cabeça, têm tendência a ser pouco cabeças no ar.

AMOR

Os Aquarianos ficam intrigados em relação ao romance. Mas o que é realmente importante para eles é a amizade. Toda aquela conversa doce parece uma perda de tempo para eles. Afeição em público é embaraçoso, e eles não se embaraçam facilmente. Enquanto estamos a tentar com que eles reparem em nós, eles estão a pensar nas fases da Lua. Como necessitam de espaço, para explorar, muitos nunca chegam a casar. Dêem-lhes espaço, quanto mais lhe derem , mais fiéis serão.

(Desconheço o Autor)