quinta-feira, 16 de julho de 2009

Até que enfim!

Até que enfim!
Já que não consegui desatar o nó que me sufocava, cortei a gravata.

Durante todos estes dias, experimentei uma nova forma de trabalho, tomei conhecimento prático, ficando assim a saber como se vive num local de atendimento púbico (secretaria).
Digo que não é tarefa fácil, pois houve momentos de grande afluência em que tivemos de acelerar o ritmo de trabalho, verificando-se um certo desgaste físico, que era minimizado com coisas doces... caseiras ou do supermercado que cada um levava e colocava na sacola para a “bucha” repartida.

Este curso não estava nos meus planos e, não tendo outra alternativa (visto que o desejado não funcionou), matriculei-me sem dar atenção que a disciplina predominante era a contabilidade. Foi uma aventura, uma corrida contra o tempo, ou mesmo um teste à minha capacidade física e mental ao inscrever-me num curso que não gostava, contrariando o que geralmente todos fazem, que é “escolher aquilo que mais gostam”.

O estágio foi numa IPSS. Comecei por trabalhos simples: Movimentação de contas de fornecedores e a distribuição pelas diversas valências; Separação do IVA; registo dos valores líquidos das facturas de diversos fornecedores; lançamentos no sistema operativo; criação e emissão de recibos; actualização e informatização de listagens em Excel, criação de tabelas; preenchimento de mapas; conferência dos dinheiros; ordenação de guias de entrega; organização de documentos recebidos, e outros.

Digo mais:
Qualquer funcionário, além do exercício das suas funções, pode e deve prestar serviços úteis à empresa ou instituição desde que tenha aptidões para o fazer. Foi o que me aconteceu. Passo a descrever uma ocorrência que colocaria em causa o normal funcionamento da construção do novo lar: Para que houvesse o mínimo tempo de paralisação nos trabalhos, tomei a liberdade de pedir uma máquina giratória e rebocar um veículo pesado que se encontrava atolado com materiais para a obra. Se assim não tivesse procedido, pois não vi outra alternativa, os trabalhos teriam paralisado por umas largas horas.

Afinal de contas valeu a pena este sacrifício. Sinto-me feliz por ter conseguido completar este curso, não obstante a vontade de desistir, porque se tal acontecesse juntar-me-ia às nove desistências que aconteceram, mas houve sempre algumas palavras de conforto da senhora directora de curso, dos professores e dos colegas em geral.
Fico feliz por ter tirado proveito do conhecimento teórico e prático, principalmente da disciplina de contabilidade que, de certa forma, é importante para a minha actividade profissional ou qualquer serviço voluntário que possa vir a realizar.
Aliás, é importantíssimo, porque ser pastor também requer fazer muitas contas com as cabritas, as ovelhas, os lacticínios e lanifícios, carcaças...
São Classes de Contas de Controlo Orçamental, Disponibilidades, Terceiros, Existências, Imobilizado, Fundo Patrimonial, Custos e Perdas por Natureza, Proveitos e Ganhos por Natureza, Resultados, Contas de Custos e Proveitos por Funções ou Actividades e Contas da Ordem.

Como se pode verificar, até para ser pastor é preciso ser doutor.