
Na soalheira tarde de Reis contemplei
Um mar sem horizonte entre as dunas
Correndo descalço contra a maré
Competindo com o atleta que é meu pé
Infinitas leivas de espuma esvaíam
Sob o meu raso e ondulado plinto
Aprendiz andante sobre as águas
No aterro extenso areal afinco
Terminada a vida que foi
O caça polvo adormeceu
Na areia húmida da praia
Lançado ao mar à costa deu
O tempo não o pode abrasar
A nova maré cheia o faz voltar
Nesta luz de tarde quente
O Rei agradou a seus pajens
E ao fim do dia elevo
O meu avelhentado presente
No meu olhar contemplando
Lavado pelo ocaso tempo
3 comentários:
Sê bem regressado!
:-)
Bom ano, para ti e para os que amas.
De tanto te esperar só te leio quase passado um ano.... João! que é feito de ti? De todos vós???
Fica um beijo saudoso mais que atrasado, mas não menos sentido.
Cara amiga,
Nem sei que dizer... são coisas do Facebook... Parece que a maior parte correu para ele e por isso nem lembra o blogue, !
Por aqui vai-se andando
Peço desculpa porque não deveria esquecer os amigos por tanto tempo.
Beijinho também
E conto que esteja tudo bem contigo e com os teus.
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