sábado, 7 de janeiro de 2012

Dia de Reis



Na soalheira tarde de Reis contemplei
Um mar sem horizonte entre as dunas
Correndo descalço contra a maré
Competindo com o atleta que é meu pé

Infinitas leivas de espuma esvaíam
Sob o meu raso e ondulado plinto
Aprendiz andante sobre as águas
No aterro extenso areal afinco

Terminada a vida que foi
O caça polvo adormeceu
Na areia húmida da praia
Lançado ao mar à costa deu

O tempo não o pode abrasar
A nova maré cheia o faz voltar

Nesta luz de tarde quente
O Rei agradou a seus pajens
E ao fim do dia elevo
O meu avelhentado presente
No meu olhar contemplando
Lavado pelo ocaso tempo

3 comentários:

Filoxera disse...

Sê bem regressado!
:-)
Bom ano, para ti e para os que amas.

luar perdido disse...

De tanto te esperar só te leio quase passado um ano.... João! que é feito de ti? De todos vós???
Fica um beijo saudoso mais que atrasado, mas não menos sentido.

jo ra tone disse...

Cara amiga,
Nem sei que dizer... são coisas do Facebook... Parece que a maior parte correu para ele e por isso nem lembra o blogue, !
Por aqui vai-se andando
Peço desculpa porque não deveria esquecer os amigos por tanto tempo.
Beijinho também
E conto que esteja tudo bem contigo e com os teus.