sábado, 14 de março de 2009

Aldeia da Ti Maria


(casa restaurada da aldeia)

Minha aldeia é um acalento

Que agrada muita gente

Em, nada que fazer

Crivo cinza

cavo terra

No quintal vou entreter

As batatas estão à espera

O grelo a rebitar

Vejo além uma aberta

Vou a correr

semear

Na aldeia a vida é assim

Serro o toro

racho lenha

Para os velhinhos aquecer

não terem que dizer,

Ver no genro certa manha

Para fazer frente à crise,

Semeio,

colho

o próprio pão

Pão que não vem do padeiro

Mas do suor que cai no chão

Tempo frio,

transpirar

um ardente calor

liberto do interior

A caneta me robustece agora

no ginásio

Espero um dia

poder manter

a forma

A vida é bela!

como tantos ousam dizer

Com o tempo na aldeia nasce

Séries de versos sem fim

A cada instante uma rima,

Lira à noite…

…Só para mim

6 comentários:

Mare Liberum disse...

Estás em maré de rimas e fazes muito bem. Cultiva esse teu jeito!

Beijinhos

Bem-hajas!

Mare Liberum disse...

Passei para te deixar um abraço e reler o poema à Ti Maria.

Beijinhos

Bem-hajas!

Carol disse...

Belo poema e a casa é bem catita, sim senhor!

Carla disse...

gostei de ler e acima de tudo de "descobrir" essa aldeia
beijos

Manuela Viola disse...

Que bela é a vida da aldeia. Obrigada pelas tuas palavras. Bjo

Filoxera disse...

Que lindo! E a casa, dá vontade de meter os pés a caminho...
Parabéns.
Beijos.